21.5.11

Quando não se quer ter o que desejamos.


E tão próximos....a ponto de fechar os olhos para não te ver...

Eu no fim da rua e vc no começo....caminhos ocultos pelo desejo...

Músicas tão altas que não conseguimos nos ouvir .

Vontade compactada e enviada por msg de texto... Amor recalcado e reprimido

É o querer de não deixar de querer, que não deixa eu te ver...

Que não me dá coragem de ter você que sempre quis.

Deixa essa paixão quieta, que a brasa agora só aquece e não queima mais.

Melhor assim... ainda me lembro que tenho um coração sem precisar usar...

8.5.11

Jogo da vida...


E eu sempre começo com E...porque é uma eterna continuação de momentos que se grudam e formam uma história que só é minha porque estou dentro dela, nem sempre como atriz principal.

Ás vezes me vejo sobre a ordem que vem do destino, dos sofrimentos que outros me cravam ao coração, como uma dor que não se escolhe, não se mede e nem se quer para o pior inimigo.

E tudo se acumula na mente, o medo de novas pessoas que vem da herança das antigas, das quais você não teve medo de abraçar e chamar de amigo. Não teve medo de amar e ajudar a ser mais feliz, mesmo que isso, sem você perceber, custasse a sua própria felicidade.

E então certas coisas feias e tristes da vida se grudam ao coração como limo nas pedras, fazendo tudo que vem depois ter mais medo de escorregar do que de se abraçar bem forte para não se deixar derrubar por qualquer onda quem venha com força.

Mas do limo vem à vida que alimenta, reluz ao sol, renasce e até floresce...

E o tempo varre como que para a lembrança de uma história contada, toda a dor. E tudo se mostra mais leve e mais possível.

O homem pedindo já não é um bêbado ridículo, mas outra vítima da vida e do destino. E as pessoas ruins despertam dó e não ódio.

O moço que te cobiça não é outro lobo a te devorar as carnes, mas um cão que pode ser fiel e afável.

E neste ciclo de felizes e infelizes acontecimentos, de perdas com ganhos e ganhos com perdas se faz a vida, sem nos consultar se assim está bom. Sem nos dar tempo de escolher o caminho, como num eterno jogo de adivinhações. Como num salto para o desconhecido, onde podemos encontrar o abismo ou sermos salvos pelo bico de um pássaro, que faz do seu próprio predador alimento para nutrir o corpo...