4.2.10

Exposição Masp


Andares repletos de obras de artes, algumas nem tão artísticas assim.
Começando pelo 3º andar,” OLHAR E SER VISTO - RETRATOS E AUTO-RETRATOS” .
Vale observar a riqueza de detalhes e perfeição com que foi retratado cada figura.
Algumas obras são tão perfeitas que temos a sensação que a qualquer momento a imagem vai acenar ou rir de alguma cara embasbacada diante dela.
O peso dos tecidos e a leveza e transparência das rendas muito utilizados na época são retratados tão fielmente que hoje com toda tecnologia das câmeras digitais fica difícil captar com tanta exatidão e beleza.
São apresentadas obras do século XVI até os dias atuais.
Infelizmente com o passar do tempo o povo foi avacalhando e dizendo que borrões de tinta podem ser o retrato de alguém.
Pra mim fica uma coisa como o conto do Rei Nu. Todo mundo finge que vê pra não se passar por desentendido...
No 2º andar a obra mais comentada do momento:” MUNDO MÁGICO DE MARC CHAGALL – GRAVURAS”
Chagall participou das grandes transformações que ocorreram nas artes no início do século 20 e foi um dos artistas mais notáveis de sua época.
Particularmente poucas peças me prenderam a atenção, embora fosse o andar mais visitado e onde as pessoas mais faziam caras de interessadas.
Essa parada de arte moderna é muito “filosófica”, pois qualquer um pode interpretar arte como bem entender e pra mim uma peça artística não necessariamente precisa seguir a risca um modelo de perfeição, mas sim nos prende a tenção por riqueza de detalhes, formas harmoniosas, etc.
As obras de Chagall são parecidas com esboços iniciais de algum futuro desenho, porém já pintados.
Que me perdoem os modernistas, os intelectuais e os doutores em artes, mas para mim arte definitivamente não é apenas o esboço (as vezes)!
Subsolo: Arte urbana “DE DENTRO PARA FORA / DE FORA PARA DENTRO”
Existem grafiteiros que são verdadeiros artistas, porém o único que realmente fez um trabalho muitíssimo interessante foi Stephan Doitschinoff
Suas obras mesclam o celestial e o infernal.
Existem algumas fotos de sua permanência por 3 anos em Lençóis, BA onde grafitou praticamente toda cidade, incluindo o cemitério, o que deu uma cara de cenografia á cidade. Como se as casas se transportassem da realidade para fixção.
Para saber mais sobre este super trabalho:
Stephan Doitschinoff http://www.choquecultural.com.br/?area=bio&aid=11.

Bem, o que mais me motivou a postar sobre o assunto, apesar de não ser conhecedora da história da arte acredito que é necessário refletir sobre o trabalho apresentado e não apenas sobre o nome do autor que ás vezes pesa mais do que vale.
Não creio que bolas coloridas no meio de uma sala branca seja uma grande representação de alguma coisa. Pirar e devagar sobre qualquer coisa á sua frente é um belo exercício de imaginação, porém não pode ser considerado um trabalho grandioso na minha visão.
Rabiscos á parte qualquer um sabe desenhar, mesmo que seja uma coisa estranha, contudo é necessário avaliarmos o trabalho desempenhado para realização das obras. Tenho certeza que mesmo em uma exposição da praça da república temos artistas mais empenhados em retratar a arte verdadeira do que muitos nomes utilizados como referencia para tal.

Um comentário:

MasterFodox disse...

belo texto! li ateh o final ^^